Vago nas ruas nebulosas,
Avistando os lábios que se tocam,
Ali não vejo as rosas,
Meus olhos enxergam seus espinhos,
Por estarem atrofiados em meus olhos.
Não resisto a entregar,
Esse coração tão inocente,
Pois há de esperar,
Outra alma tão carente.
Mais um inverno vai passar.
Difícil é negar.
Aqueles que escondem sentem,
Expresso tanto minha falha.
Tantos corações mentem,
Despedaçam igual folha seca.
Desisto de lutar
Para não amar,
Minha alma fica anêmica,
Sem forças de chorar,
E se amar dói, sou a tortura.
O medo me vicia,
A decepção vicia,
Amor é uma droga,
Paixão é uma ausente lucidez,
Eu me rendo de vez.
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