terça-feira, 1 de novembro de 2011

Eu me rendo

Vago nas ruas nebulosas,
Avistando os lábios que se tocam,
Ali não vejo as rosas,
Meus olhos enxergam seus espinhos,
Por estarem atrofiados em meus olhos.

Não resisto a entregar,
Esse coração tão inocente,
Pois há de esperar,
Outra alma tão carente.
Mais um inverno vai passar.

Difícil é negar.
Aqueles que escondem sentem,
Expresso tanto minha falha.
Tantos corações mentem,
Despedaçam igual folha seca.

Desisto de lutar
Para não amar,
Minha alma fica anêmica,
Sem forças de chorar,
E se amar dói, sou a tortura.

O medo me vicia,
A decepção vicia,
Amor é uma droga,
Paixão é uma ausente lucidez,
Eu me rendo de vez.

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