Bom era quando,
Amar era familiar,
Choro era por mimo,
Homens eram meninos.
Arrepios eram cócegas
E não espinhos.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Fruto
Do fruto proibido me criei,
Ansiei pela maçã,
Envenenei-me.
Feito rascunhos de papel,
Amassei-me, joguei-me.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Habitantes
Existe uma espécie habitante do planeta Terra com características curiosas. Suas garras são usadas para se “alimentar” de integrantes da própria espécie, ou matam para ver o sangue da vitória que logo servirá de adubo para a terra. Cientistas afirmam que ouve uma evolução dos mesmos, mas o curioso é que estão cada vez mais descontrolados e famintos, por isso também se alimentam de outras espécies, às vezes compulsivamente. São considerados inteligentes e ameaçadores, pois possuem um pensamento “racional”. É quase provável que essa espécie domine seu espaço eliminando todos os outros seres vivos, ou então se autodestruírem até sobrar um único, e que se forem inteligentes descobrirão que não sobreviverão sem sua manada. A espécie se dividiu em várias raças, nas quais muitos cientistas não conseguem descobrir e muitas vezes encontram desculpas esfarrapadas de tais comportamentos. Alguns estão nascendo com problemas cranianos, e talvez diminuindo de tamanho, talvez esteja acontecendo um retrocesso dessa espécie, pois quanto mais raciocinam mais ameaçam a existência. O tal do homem.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Não sei escrever sobre pássaros, rosas ou coisas amáveis. Se eu conseguisse, o pássaro não voaria, e os espinhos perfurariam minhas palavras. O juntar das palavras vira um grande amigo, me deixa entregar em silêncio. Os olhos que percorrem nas letras tão aflitas talvez se confortem. A grande hemorragia de sangue fervente provoca hematomas invisíveis e incuráveis. Cada palavra é uma tortura, saem da profundeza do mais real sentimento infausto, como se os buscasse com um objeto pontiagudo, rasgando todos meus tecidos e artérias. Sensação de querer vomitar a mais cruel dor que não tem cura. A frieza me causa enjôos, como se me retorcesse simultaneamente ao engolir um choro amargo e podre.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
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