segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Esquecendo o choque, as cobaias repetem


Cá estou,
Na monotonia do meu pensar
Do meu sentir,
Inexplicável,
Ó cruel.

Masoquismo abstrato,
É o vicio de desejar.

Engolir as palavras
E senti-las agitadas
Descendo
Descendo
Descendo
Ah!
Deram-me uma apunhalada.

Explica-me,
Alguém aí?
Seus conselhos não me adormeceram.

Desisti antes da guerra,
Joguei-me na frente do canhão
E inalei minhas cinzas.

A serenidade prendeu-me,
Mas que bela armadilha,
Não me solto,
Nem tento.

Pra que cuspir tanto ardor?!
Ainda estou mantendo as brasas acesas.

Paraliso,
É falso.
Réplica de todos os ensaios.

Ironia virar cobaia da própria experiência.
Erradas,
Falhas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pense que vivemos numa dimensão, o vazio nela é o que não enxergamos, e seus vácuos estão preenchidos numa outra dimensão residindo o mesmo ambiente, não há espaço, é como nadássemos num oceano que não enxergamos, e estamos todos flutuando nele ligados uns aos outros por cordões umbilicais junto com todos outros tipos de formas de matérias vivas. E isso nos gera todos os impulsos do planeta. Estamos alimentados de energias não visíveis e outros tipos de microorganismos, que talvez estejam interferindo-nos de outras dimensões das quais nós não estamos evoluídos para reconhecer, mas ambas estão impregnadas umas as outras, e se no visível, forma um espaço singular. 

Chegará a vez do estouro, no fim de aturar engolir choros e desespero. Difícil manter um sorriso no rosto quando o corpo está numa fogueira, é tão difícil respirar quando a atmosfera é cinza e densa. A cada soluço cometido mais a corda que me enforca aperta meu pescoço, a cada estado de prantos recebo mordidas mais fortes do desespero, e quando sinto que vou perder a luta para a morte, de repente acordo, mas infeliz, a dor não morre.   

Simples e exato


Aludo veracidades, tão simples.
Mergulho para o interno,
Decifro-me.
Acalma sem pressa,
Sacia.
Pensar é uma agulhada
No físico,
De essência transcendente,
Abstrato homicida.
Lástima candente.
  

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Visões ambíguas


O ser existe na loucura, com sua aura ofuscada, cachimbando a euforia como armadilha para que a tristeza atenue. Por sua vez o sábio lírico é taxado de insano, anomalia da sociedade.
Os desnutridos de humildade não descobriram como usar a sabedoria, e como aprendizes saberão evoluir sozinhos.
Fugindo da visão social, existe um homem que chora ao sonhar com a irreal morte do pai, o reprimido pelo medo e seus segredos abstrusos, necessitado de colo materno, o qual não sabe a forma de batalhar contra a dominação, e em sua dor singular se esquiva da lucidez.
O homem é uma criança que engole choro. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Desperte

Beijar-te é morte súbita,
Entregar-se a dolente transe.

Calúnia, calúnia,
Há todos, há ninguém.
Nada puro, nada sóbrio.

Necessitado de amor,
Mesmerismo da dor.

Saboreia a papoula,
De estética agradável,
Entorpece.

terça-feira, 9 de outubro de 2012


Eu poderia viver muito bem só, numa selva. Quando meu espírito sofre não há como curá-lo da maneira do físico. E os seres humanos me provocam isso, como se tivessem me envenenado, e minha saliva fosse ácido que desce e queima todo peito e estômago. A sensação de desgosto me penetra por eu ser uma cobaia de análises hipotéticas, vendidas como exatas. Há algum ensinamento que diz que o homem tem que viver em sociedade, mas quando exijo apoio atiram gasolina em meu cadáver e em seguida deitam uma vela acesa sobre ele, logo continuam rezando disfarçados de altruístas


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Acúleos sociais


O orgulho ferido se transforma em cordas enlaçadas no meu pescoço e acúleos no meu ânimo, ao saber que minha pessoa não é capaz de agradar todos os seres. A sociedade me causa ânsia de vômito, da mesma forma que uma doença me causaria um mal estar físico e psicológico. O medo da morte se iguala ao ter medo desses olhos e bocas, logo os dois são algo que desconheço, e não se sabe como se manifestarão para me deixar entorpecido e frígido.  Ou se morre para a sociedade ou para a própria morte. De outro lado o que sustenta permanecer amortecido são os amigos, que são morfinas alimentando meu corpo e alma.