quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Antes da meia noite


Antes da meia noite ouvem-se os gritos das crianças na vizinhança,
As conversas entre amigos e amantes,
Ruas com vida e vozes que aconchegam o silêncio do quarto escuro.
Antes da meia noite a lua adorna o céu visto da minha janela,
Ao deitar é a única luz qual hipnotiza meu inconsciente.
Antes da meia noite se pensa na vida, nos dias sem saída,
Nos amigos de bar e a quem amar.
Antes da meia noite a saudade faz doer, se tem medo de morrer.
Antes da meia noite a porta bate, cachorro late e amor não vem.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aqui jaz


Deitarei-me no último lençol que me acolherá,
Com flores me cobrindo feito uma manta,
Um passeio astral que me deixará em transe eterno.
Quando as mãos tocarem meu corpo frio e entorpecido
Aquecerão minha alma me guiando para o transcendente.

Talvez as lágrimas daqueles que me fizeram chorar
Queimarão-me ao lamentar perante meu corpo.
Aqueles aos prantos sentirão e não eu, meu físico já terá partido.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Líricos desconhecidos


Onde está a outra parte do seu poema?
Não o encontrei para terminar minha parte.
Somos estranhos demais para nos entender
E continuo engolindo seus mistérios.
Talvez você não entenda a respeito do meu medo
E o enxerga como egoísmo, e eu nada sei sobre
Seus anseios.
Demorei demais para começar os rascunhos e
Sua paciência gritou.
Virei o papel amassado que você desistiu de escrever
E viramos dois desconhecidos.