quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Melodia


Estou caçando uma melodia,
A mais perfeita a te rasgar
E consumir teus ouvidos.
A melodia que penetre neles feito gasolina
Até entupi-los.
Ela correrá para dentro de sua carcaça,
Para quando morder o cigarro entre teus lábios,
E sugar o calor da tragada,
Arda-te em chamas.
Vou injetar teus resíduos em minha veia
 Feito heroína,
Para corroer por baixo de minha pele,
E sobrar mais nada além de você.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A bomba


Você tem uma bomba
Que vai explodir dentro de mim,
Está quase a jogá-la.
Faça-a explodir depressa,
Pois está queimando aqui,
Há uma guerra por baixo de minha pele
Que vai demorar pra acabar.
Despedace meu corpo,
Espalhe meus pedaços no chão,
Depois me deixe queimar
Para que você consiga inalar minhas cinzas,
E eu possa te envenenar,
Até intoxicar sua mente
E te rasgar.



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Incertezas

Incertezas de certezas hipotéticas,
Inseguras, perigosas, viciosas.
Curiosas, tão catastróficas.
Mente que cobiça,
Aceita, aceita.
Respira, transpira,
Transcende a mente,
Acende.
Invade o cerne,
Ativa a realidade ausente.
Contenta o que se sente.
Reflita, repita,
O que te toca não mente,
Engole.
Sonho lúcido mastiga,
Engasga e castiga.
Provoca e invade
O instinto da gente,
Que sente que sente.


O homem enxerga aquilo que acredita ser possível, vê o que confia existir. As formas são notáveis para o que já se tem conhecimento. A realidade projetada são movimentos de consciência, o cérebro processa e a consciência não, logo, o homem cria a realidade. O físico não é tocável, os elétrons que se tocam, o cérebro capta apenas uma parte do que está acontecendo no plano dimensional. Todavia, um objeto pode estar em mais que um espaço ao mesmo tempo, a realidade está em todos os lugares simultaneamente. Afinal, são os olhos ou o cérebro que enxerga a realidade projetada na experiência daquilo que o homem torna real?! Eis o questionamento da ciência das possibilidades quânticas.