quinta-feira, 29 de agosto de 2013

suspiro



Engolir teu suspiro é um orgasmo,
Orgasmo que causa embriaguez,
É estar chapado de euforia e dor.
De tanto anseio se torna um vício,
No qual transformo em lucidez.

Deito-me numa cama de alçapões,
Onde morrer deitado ao teu lado
Seria uma divida com eternidade,
Talvez um pecado de gula
Que mate minha honestidade.  

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Bichos

Bichos testados e manipulados,
Com a coragem extraída numa cápsula inconsciente
São distribuídos para sistemas.
Testes da repressão
Quem permitiu?
O medo e a necessidade.

Que sono infeliz!
Transpira, transpira e corrói.
O dinheiro se gasta com infelicidade
Vestida de satisfação.
Quem está exultante agora?

Não saia daqui,
Você está acorrentado nesse chão!
Consuma o caro que o torna deprimido.

Espere criatura!
Amanhã deixo você apreciar lá fora
O nunca de hoje.

Está esperando ainda?
Oh! Vai morrer pensando em partir.

Não condene a tristeza

Por que o homem condena a tristeza?!
Ela possui o sábio.
Permita que se expresse como choros de uma sinfonia,
Do modo que o violino grita e o piano castiga.
Quem há de ser feliz sem ter tido melancolia,
E quem há de ser triste sem ter tido alegria?!

Existe quem se vicia,
Permanece caminhando nos campos de papoulas
Esquecendo de retornar para a lucidez.
Aquele que corre para os braços do delírio
E deixa a alma adormecendo num manicômio.

A teimosia tortura e adoece,
A sabedoria cria e enlouquece.

O tormento mata o racional e o espiritual
Daquele que se torna egoísta
Por tomar todas as gotas de dor
Não deixando sobras para a esperança.