segunda-feira, 18 de março de 2013

vendeu a alma


Ela vendeu a alma pro diabo, pegou a felicidade e martelou sua dor no peito de todos, tomou veneno para se entorpecer, subiu na colina e se jogou pensando que era um anjo, depois acordou no inferno e o fogo não deixou os prantos molharem seu rosto, então percebeu que mesmo na dor ela era feliz e até o diabo riu da coitada.

Há sentido


A vida trama cada arapuca, é malandra.
Tem tanta gente sobrando pra se desejar
E ela te faz roubar o ninho quente.
É tão sacana essa malandra
Que você vira o vilão da televisão,
E na melhor cena mastiga a dor do infeliz
Com gula gigantesca.
Logo, a pressa tira um cochilo e a alma
Altruísta boceja ao despertar do leito egoísta.
Nada que é quebrado fica sem trincas ao se colar
E quem provoca a queda também fica assustado.
Mas o que se sabe, é que no final das contas
Essa malandra sempre tem razão.
Para se fartar de felicidade cabe  
Enfrentar uma guerra de riscos, todavia às vezes
O guerreiro se torna egoísta, e o egoísmo o torna feliz.