segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fume meus vazios

Fume minha alma e vicie-se,
Pois este vício doente,
Tornou-se dependente do viciado.
Mascou a tentação do próprio detrito.

Sacie sua gula com meu sangue
E engasgue-se com sua frieza.
Cuspa este uísque possante
Que envenena suas veias.

Liberte-me de minha existência,
Mas que seja por seus tatos,
Descarregue a raiva ao matar-me
Como se fosse amor doentio.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pensar mata

A vida é uma teoria, na qual alguns não acreditam, porém nós somos criados a partir de teorias  surreais, espirituais, racionais, lógicas e morais. Quando um ser vem ao mundo, recebe uma ajuda a construir sua identidade, entre elas, conhece estórias, ouve contos, no qual acredita, pois não conhece o lado da mentira, por uma série de fatos, vai descobrindo sozinho aquilo que não é real, que vivia apenas na imaginação, super heróis, fadas, deuses. Mas quando se fala em deuses, gera uma grave corrupção entre os dogmas da sociedade. Eis a questão de tanta polêmica, por que ser julgado ao duvidar ou parar de acreditar em fantasias a partir do momento que conhece suas próprias ideias de um ser racional. Histórias de quadrinho existem no subconsciente, ou no consciente daqueles que se esforçam para crer, e temem a desilusão realista. Somos obrigados a acreditar em bruxarias quando crianças, em lobo mau, no medo do escuro, no inferno. Obrigados a conhecer o mau, temer o inferno de que nossas atitudes irão resultar, no castigo dos deuses. Alguns se tornam fracos, medrosos e outros revoltados. Presos numa gaiola comendo lição de moral de fanáticos e temendo a rejeição da humanidade ao verdadeiro subconsciente enjaulado pelo medo da repressão. Nenhuma teoria será comprovada, por cientistas ou por religiosos, nós somos uma mentira, uma hipótese, e por que ser obrigado a confiar com todas as forças em algo que nunca viu, nunca sentiu, é covardia isto, e muita coragem a quem arisca acreditar, grande guerreiro. A vida se resume em duvidas, em fé, em negação. No entanto, pensamentos são livres, mas a partir do momento que acreditar tanto neles ao ponto de querer mudar alguma fé, alguma teoria de um próximo ser, crendo que és o senhor da razão, cale-se, morda a língua. O inteligente expressa opiniões e não aceita ser contrariado, guerreia suas palavras, mas o sábio cala-se ao saber que ideias racionais não podem ser provadas, apenas vivenciadas e degustadas ao expressá-las sem rejeição de um mal tempero. Será julgado ou morto não por uma sociedade, mas sim pelo silêncio dos sábios.