segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Galopeie, galopeia


Cavalo branco liberte-se,
Galopeie, galopeia.
Espere-me naquele campo,
Galopeie, galopeia,
O céu está amando.
Os ninhos de paz,
Cobrem liberdade límpida.
Gorjeios são sedativos naturais,
Galopeie, galopeia meu capataz.
A solidão ganha outro significado,
Reconhecimento de sabedoria,
Se o cavalo galopeia trás alegria.
Natureza é meu amor,
Seu choro lava minha alma,
Liberta meus anseios,
Estou indo galopear.
Cavalo branco meu amigo,
Olhe nosso mundo,
Desvendaremos tudo.
O céu crepúsculo é lindo,
O que é sombrio está afogado no rio,
E as lagrimas do céu leva embora.
Inspiramos as levezas das cores,
Olhos ou imaginação que as observa,
Galopeie, galopeia de mentira.
Se a temos a verdade existe,
Não apenas para olhos que vêem,
Pois imaginação se sente,
Galopeie, galopeia na mente.

Nobre coração

Meu coração não tem espaço,
Sofre tanto que morre.
Única energia que lhe restava,
Eletrocutou sua nobreza.

A paixão não é mais fenomenal,
Deixou sua moral tão morta,
Que para algo tão modesto,
O amor tornou-se tão banal.

Jovem espírito atordoado,
Não inspira mais esperança,
Crucifica-se de lembranças,
E o sentimento espanca nobre coração.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O sol e a lua

No céu a lua chorava,
Distante do sol que amou,
Com amargura lastimava
De sua alegria que se apagou.

A incoerência a matava,
Seu brilho a queimou,
Do alto de onde olhava,
O sol também chorou.

Seu amor de longe sofria,
A lua então se apagou,
Sua morte tão sombria,
Que pelo sol sacrificou.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Hipocrisia aplaudida

Sábio homem que lutas,
Diante deste chão áspero,
Sacia sua vitória na miséria,
Pisando numa democracia iludida.

Teu suor estuprado
Por um argentário dependente,
Marcha feito escravo,
Pra ganhar um salário arrastado.

Aquele que peleja com dignidade
É julgado de delinqüente e vagabundo,
Os hipócritas é que são aplaudidos
Por um povo insano e estúpido.



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Olhos manipuladores

Socorro!
Tire-me daqui,
Esses olhos me assustam,
Querem me possuir.

São manipuladores,
Querem minha sabedoria,
Vão roubar meu caráter,
Transformarei-me num deles.

Não quero ser igual,
Sou esquisito,
Mas tenho minha benevolência.

Suas mentes perigosas,
Querem minha moléstia,
Ajude-me, não quero ser normal.

Saudade

A saudade esmaga o peito,
Deprime a expressão,
Fustiga a alma,
Mata pobre coração.

A ardência do fogo,
Que queima por dentro,
Abandona cinzas
Agonizando amargura.

Quando não chora
Engole o choro ácido,
Que ferve os sentidos,
Possuindo o infinito vazio.

A saudade magoa,
Os olhos secam,
A alma beija a dor,
Enfurece os anseios.

Os abandonados sofrem,
Enforcam seus sentimentos,
Inspiram aflição
E morrem de desgosto.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Sonata que ouço sem lucidez


Estou tão deprimido quanto a marcha fúnebre,
Atormentado de minhas lembranças,
Retomando meu presente desgraçado,
Onde cada melodia me suscita agonia,
E suas delicadas notas me amolecem,
Queimando toda minha histeria.
Por algum momento sinto-me flutuar,
E quando meus pés tocam o chão,
Amoleço a terra que há de me cobrir,
Na mesma em que não poderei chorar,
Na mesma em que lágrimas derrubarão ou não,
Na mesma em que não verei
Se há alguém me visitando.
Tão lentas as notas,
É a demora de meu sofrimento,
E o peso da sonata pesa meu peito,
No qual é possível sentir o fim,
No qual estou caminhando para a morte,
Longe da consciência,
Estou adotando tal personalidade,
Alguma que me faz sentir de verdade,
E me afoga sem lealdade,
Compreendo como a mentira dói,
Mas a verdade eu supero,
Nesse copo me enterro,
Pois nele despejei todo meu atormento,
Que logo depois sobra solidão e um vasto de ingratidão,
E a ultima nota finaliza minha dor.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Como explicar o amargo e tão ardido que está enfurecido dentro de mim. Acendendo uma angustia que unifica com os arrepios que sinto saírem dos meus ossos e chegarem à minha pele, rasgando todas minhas veias. As lágrimas percorrem feito ácido queimando todo meu corpo a cada suspiro que inalo desse ar tão áspero. Aspiro toda agonia que me sufoca e enfraquece, como se o mundo inteiro estivesse em guerra dentro do meu ser.