Menina que choras,
Feito infância
Procura se aconchegar,
Quer se ocultar
De suas lembranças.
Não temas,
Conte-me teu segredo,
Não te desesperes
Porque perdestes tuas asas,
Você ainda é um anjo, espere.
Acalma-te,
Você ainda respira,
Controle tua angustia,
Não desabe,
Contenha-se na vida.
Menina que sorri,
Com os olhos faz-me rir,
É tão triste vê-la chorar,
Se ainda podes sorrir,
Levante e voe, você pode, é um anjo.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Acho que todos, creio eu, dizendo melhor, alguns, não conseguem viver tudo o que gostariam, pela falta de coragem ou pelo excesso de medo. O resultado não seria a incapacidade de não conseguir viver o bastante, e sim a preguiça que se manifesta com entardecer da vida e a tranqüilidade das circunstâncias, pois a respiração ainda não está ofegante e esperam chegar ao fundo do mar para voltarem a respirar e lutarem pra viver.
O agonizante não é perceber que existiu por um difuso e inexistente período, no qual passou por múltiplos lugares e olhares, e sim se terá tempo de fazer algo indiferente antes que o prazo esgote.
O desespero envolve como estivéssemos ligados a um cronômetro e o mundo tivesse tempo para uma eternidade, e ficamos procurando com anseio algo que nos preencha, como se o externo mudasse algum sentimento do que teríamos sentido antes.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Venha
Venha, venha depressa,
Deixe-me feliz,
Em seus braços sustentar,
Deixar o presente vivo
E o futuro não existir.
Corra, só penso nisso,
Não temo o perigo,
O que quero é maior,
Quero amar sem compromisso,
Fique junto comigo.
Seja rápido,
Antes que a chama se apague,
Agora preciso,
Quero seu carinho,
Segure minha angustia,
Beba este copo de vinho,
Junte-se a mim,
Seremos os filósofos dessa noite,
Serei sua compaixão,
Você será minha companhia,
Seremos melhores amigos,
Beijaremos com eterna paixão,
Amanhã me deixará,
Mas venha,
Quando a solidão atormentar,
Venha na noite sombria,
Quero ser sua menina,
Não quero dividir o copo
Com a solidão,
Quero algo intenso,
Que dure um dia,
E não uma eternidade de mentiras.
Anseio pelo proibido
Esse sorriso,
Não sei certo donde vem,
Igual a uma nascente,
Vai a caminho de encontrar
Sua outra metade, feito rio.
Tal euforia,
É tão prazerosa,
Ao mesmo tempo causa medo,
Dúvidas e curiosidades,
Reacende o fogo do meu peito.
O desejo está de cor avermelhada,
No qual envolve sedução e paixão.
O cinza predominou por longo período,
Nele sentia frustração e mágoa.
Arrisco experimentá-lo apenas uma vez.
O medo se torna bom,
Deixa meus batimentos em chamas,
Abre um buraco no estômago,
Mas é uma sensação boa.
O proibido se torna um vício.
Embora seja uma ilusão,
Que me deixa eufórica,
Procuro arriscá-la.
Meu coração sabe quem tu és,
E se for impossível quero cada vez mais.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Almas tábidas
As almas tábidas vagam
Suscitando os males,
Suas trevas formam escravidão,
Aprisionando fogo ardente
Queimando o próprio coração.
A vida transforma-se em sepultura.
Doentia tristeza contagia,
Os lençóis são metamorfoses de solitude
Que adormecem sobre os vivos,
E beijam minha aguada plenitude.
E beijam minha aguada plenitude.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Anjo triste
O anjo triste se foi,
Pra bem longe levou meu coração,
Minha alma ficou sem vida,
Levou contigo minha razão,
De mim só restou confusa dor.
Sua tristeza morreu,
E você também.
Vagamente está dissipando em alguma dimensão.
Torno seus passos os meus,
Suas lágrimas caem dos meus olhos e sinto sua solidão.
Tudo está em silêncio,
Contigo partiu minha voz e meus ouvidos.
Apenas a natureza está viva,
Queria que estivesse nela,
Mas ela estaria cinza.
Os tambores no peito gritam alto,
Estão sufocados e ninguém ouve.
Os arrepios e a saudade acreditam,
Que seus olhos observam o mundo,
E ainda sente algum aperto na sua tão morta alma.
Seus restos enforcaram minha sombra,
E quando a solidão atormenta,
Consigo te experimentar.
Alimento as dores quando acredito estar sentindo,
E a solidão começa a se despedir contigo.
Pra bem longe levou meu coração,
Minha alma ficou sem vida,
Levou contigo minha razão,
De mim só restou confusa dor.
Sua tristeza morreu,
E você também.
Vagamente está dissipando em alguma dimensão.
Torno seus passos os meus,
Suas lágrimas caem dos meus olhos e sinto sua solidão.
Tudo está em silêncio,
Contigo partiu minha voz e meus ouvidos.
Apenas a natureza está viva,
Queria que estivesse nela,
Mas ela estaria cinza.
Os tambores no peito gritam alto,
Estão sufocados e ninguém ouve.
Os arrepios e a saudade acreditam,
Que seus olhos observam o mundo,
E ainda sente algum aperto na sua tão morta alma.
Seus restos enforcaram minha sombra,
E quando a solidão atormenta,
Consigo te experimentar.
Alimento as dores quando acredito estar sentindo,
E a solidão começa a se despedir contigo.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Triste tristeza
Tristes musicas,
tão serenas suas melodias,
seus refrões cortantes,
lembram alguém
deixando minha alma arrepiante.
Tristes versos,
murmuram a felicidade ausente,
engolindo a alma dos olhos que lêem,
agonizam mera cicatriz no peito,
franzindo laços presos no estômago.
tão serenas suas melodias,
seus refrões cortantes,
lembram alguém
deixando minha alma arrepiante.
Tristes versos,
murmuram a felicidade ausente,
engolindo a alma dos olhos que lêem,
agonizam mera cicatriz no peito,
franzindo laços presos no estômago.
Tristes dias,
crepúsculo infinito teu céu,
horas cinzentas matam lentamente,
em silêncio a morte visita,
mas a espanto com minha profunda solidão.
Tristes tristezas,
esmagam todo espírito perturbado,
sufocando o ar dos vivos,
transformam lembranças em vácuos,
perseguindo minha sombra até possuir-me.
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