sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Nostalgia

 
 As pessoas vão envelhecendo, e do mesmo jeito
 Que o vento passa por meus póros rapidamente,
 Elas se vão, mas o vento é mais forte do que eu,
 Ele suportaria sempre seguir na mesma direção.

 Minhas tardes são nubladas,
 Todos os dias são nostálgicos,
 A chuva torna meu dia cinza,
 Deixa as ruas vazias, e para mim estão sempre.

 A tristeza me machuca,
 Mas você, você faz ela me matar,
 Perceba o quanto um abraço me ajudaria,
 Não imploro, permaneço embrulhada.

 Minha cabeça está pesada,
 São as lágrimas que seguro,
 Estou prestes a soltá-las,
 Só preciso que algo as derrube.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ordinários

Essa chuva que ouço caindo lá fora,
Enquanto meus olhos aqui dentro choram,
É tão triste hoje, hoje está escuro,
Alguma raiva me atormenta,
Tal desconforto vem a toda hora

Algo eu quis, não consegui,
Aqui lamento todo sofrimento,
Ódio misturado de amor,
Já não bastava a solidão,
“Santa” maldita e tão fria que me roubou,

Se algo já estava ferido,
Acaba de fazer a cicatriz aumentar,
Várias dores sinto no estômago,
Como se fossem facas enferrujadas,
Não deixam machucados, apenas dor,

Isso me mata quando lembro do que dissera,
Certa fraqueza quase me derruba,
Acelera todos meus batimentos,
Traiçoeira que tirou minha ultima gota de sangue,
E tirou aquilo que me servia de paz.

Sem coragem, tirou essa força que restava,
Você acaba de finalizar minha morte,
Que aquele que algo de amor sentia,
Me deixasse um pouco de vida,
Você roubou  minha alma e aquele que eu amava.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vazio sem ti.

Sou aquele banco vazio,
parado sozinho, corroído com o tempo,
ninguém passa durante o frio,
despedaçando ao vento.

Aquele cachorro abandonado,
nada fala, quem entende,
sofre calado,
quem sabe o que sente.

Sou um mendigo,
abandonado, sozinho está
ninguém ajuda, julga,
quem acolherá,

Sou um caminho,
o certo, o errado,
dias de passeios,
dias solitários,

Sou uma viúva,
pelo seu amor chora,
não pode tê-lo,
mas sonha em encontrá-lo, implora,

Sou apenas isso ali,
preciso de ti,
quero amar,
quero te sentir.









sábado, 28 de agosto de 2010

Desabafo do pensamento

Um minuto de sossego finalmente, no qual posso pensar claramente,
serei um gênio e não sei, ou um estúpido ingênuo também, qual será minha verdade?!
Que maravilha sentir-me interessante, mas não o que os outros pensam, aliás, não interessa,
certas mentes se acham toleráveis, mas não é verdade, pessoas são burras e tolas, ingênuas,
donas da razão, respeitar pensamentos jamais, dividir idéias menos ainda, seria fácil,
se pudessem acreditar em várias hipóteses, mas não, fanáticos egoístas, fecham a mente,
acreditam naquilo que ouviram da primeira vez, como crianças que acreditam em desenhos,
adultos acreditam naquela verdade que estão condenados e obcecados, na qual não aceitam
acreditar em outra ilusão, seria mesmo ilusão?! O que realmente pensam, sentimos coisas,
falamos sem pensar, agimos de forma estranha, acontecem coisas sem explicação, mas 
o que estaria girando em torno disso, destino ou coincidência. Racionais, mas ignorantes, 
"humanos", animais são mais unidos com dignidade, ou até matam de forma não covarde,
não possuem armas, ou fazem algum plano maluco para destruir o mundo, o que realmente
toma conta das atitudes, agimos conforme o coração ou o cérebro?!
Como as pessoas podem permitir sacrifícios, não lutam pelos seus direitos, observam
sofrimentos e torturas, são covardes, medrosos, vários países, continentes , alguns mais rígidos,
mas não reconhecem o verdadeiro significado do que é vida, qual tem razão, ou age normalmente?!
Agem como demônios, ou são os próprios soltos, sem compaixão, crêem que algo está certo,
mas não aceitam forma de pensar e viver que o tal "pecador" se comporta, sendo semelhante
ao "filho de Deus" , ninguém está certo ou errado, o erro é interferir na vida de seu próximo,
onde a maioria tem razão, mas na verdade não, cada vez se torna maior, pois os fracos têm medo,
preferem ficar ao lado da maioria, sabendo que estão ao lado do inferno, ainda preferem o 
Diabo a Deus, pobres ingratos. Vivendo em paz, respeitando os pensamentos, seria algo digno,
mas, não deixam a mente aberta para outras opniões, que ridículo, várias culturas, várias crenças,
dividi-las, acreditando na fé de cada coisa, seria até uma boa escolha, mas como cada um se acha
dono da razão, o mundo jamais evoluirá de forma sensata, o que realmente deveríamos acreditar,
evolução, criação, ou uma inexplicável fé, de algo que nunca vimos, mas quando fracos nossa mente acredita e nos da certa força e fé em algo inexplicável. Somos robôs, manipulados pelo 
sensacionalismo e pela covardia.

Sentimento incógnito

Eu penso, me deparo, repudio,
Todo esse amor doentio,
De certa maneira tão focada,
Fere meu coração de forma imaculada.

Lastimar por um dito-cujo,
Será algo estúpido e efêmero,
Porém além do meu desejo,
Sou algo reservado e orgulhoso.

Deixar uma paixão resistir, esquivar,
É o mesmo que morrer sem saber
seus vestígios cabos, esfaquear um coração,
inocente inexperiente.

Aproveitar da pureza de uma flor,
Quando uma abelha picá-la por impulsão,
E ela muda nada rezinga de sua brandura,
Após deixar seu ferrão vai embora satisfeita sem voltar.

Comer a carne por gula, sem fome alguma,
Jogando os restos fora, satisfeito pelo sabor,
Sacrificando um ser inocente para um prazer transitório,
Engolindo as lágrimas e sangue de seu purgatório.

(Manuella Kleemann)

Pânico, solidão e medo.

O por do sol, o ar frio, o silêncio ao lado do medo,
Pensamentos invadindo e multiplicando angustias ao meu cérebro,
Calafrios na cabeça e no peito que vem e vão, suspiros acompanhados
de batidas sofridas do meu coração, vazio e tristeza a noite trás,
Tirando meu ar e me trazendo pânico não merecido, que azar.

Tontura me enlouquece, tal peso sinto sobre meu peito ofegante,
O silêncio me incomoda, me deixa em pânico,
Faz-me pensar coisas não agradáveis para um momento de solidão,
me irrito com os batimentos martelando  meu ouvido,
meu coração parece estar dentro da cabeça.

Abro os olhos só vejo o escuro, se fecho encontro
os temidos medos e escuridão,
Horas passam rápidas, iguais a vida, isso que temo.
Meu rostinho delicado e jovem, daqui algumas horas 
ao vê-lo no espelho, não será o mesmo, lamento.

O reflexo me deprime, vejo defeitos, perfeição sinto
ao não ver nem minha sombra, em minha mente sou outra pessoa,
a qual desejaria ser, jamais serei.
Sinto certa euforia, logo, se afasta, fico em estado deprimente,
Sem entender a tal falta de vontade de viver, com medo de morrer.

(Manuella Kleemann)

Amando por um sonho

 És o mais puro e desejado, forte e impecável,
 Com tanta força, senti paixão de arder o peito,
Entregando a um subconsciente amor não existente,
Mas de certo teor tão real e profundo,
Senti o gosto do beijo, amargo e saboroso.

Vultosa euforia, sentimento que se arde na pele,
Fogo de tanta ternura, paixão doentia,
Sinto o calor que se torna tão real,
Intensa emoção que chega a doer a alma,
Sendo boa ou covarde tal sensação.

Calafrios ao sentir o abraço apertado,
Confuso e insuportável o desejo para que se torne real,
Algo foi verdadeiro, preciso trazê-lo para o consciente,
Absurdo, doloroso é esse amor não te reconhecer,
Sabendo que você o conhece muito bem.

Perdi a razão talvez, porem estou atrás,
de algo que só eu sei
Senti o gosto do beijo, o abraço carente,
apenas eu senti,
Sonho maldito, que eu insisto,
Pertenciamos um ao outro, me apaixonei, meu amor.

                                      (Manuella Kleemann)