sábado, 28 de agosto de 2010

Sentimento incógnito

Eu penso, me deparo, repudio,
Todo esse amor doentio,
De certa maneira tão focada,
Fere meu coração de forma imaculada.

Lastimar por um dito-cujo,
Será algo estúpido e efêmero,
Porém além do meu desejo,
Sou algo reservado e orgulhoso.

Deixar uma paixão resistir, esquivar,
É o mesmo que morrer sem saber
seus vestígios cabos, esfaquear um coração,
inocente inexperiente.

Aproveitar da pureza de uma flor,
Quando uma abelha picá-la por impulsão,
E ela muda nada rezinga de sua brandura,
Após deixar seu ferrão vai embora satisfeita sem voltar.

Comer a carne por gula, sem fome alguma,
Jogando os restos fora, satisfeito pelo sabor,
Sacrificando um ser inocente para um prazer transitório,
Engolindo as lágrimas e sangue de seu purgatório.

(Manuella Kleemann)

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