sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Maternidade





A maternidade é doar-se inteiro,
A carne, a alma,
A mente tenta manter-se intacta
Pois está sempre em alerta e inquieta
Num corpo tão cansado,
Que esconde as dores em sorrisos.
A maternidade é ser governado,
Ter o sono roubado, e se tornar um velho ditado.
A maternidade é uma ambiguidade bipolar
Que chora de raiva e amor,
O coração para e apressa,
O desejo de passar depressa,
Alguns detalhes quer sem pressa
Com o tempo que resta,
Mas a vida se empresta
E o desespero se arresta
Com o amanhã incerto,
Mas o amor contesta,
E acalma o aperto.

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