Sua alma foi roubada,
Sua carne dilacerada,
Inocência arruinada,
Seu útero invadido,
Prazer contido.
É o peito suado,
É corpo molhado,
Que sofre calado,
É volúpia que surra,
Moléstia sem cura.
Gemido soluçado,
Carcaça frisada,
Profundeza humilhada.
Mulher calada,
Criança internada,
Menino acolhido,
Marmanjo bandido.
Vítimas da culpa,
Culpa que rasga,
O grito engasga.
Angústia do mito,
Feito vinho tinto
Saboreia num leito derramado
De prazeres famintos.
O seio amamenta
O trauma calado
Da amargura lenta
Que a dor violenta.
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