segunda-feira, 10 de junho de 2013

vagão

Andando entre vagões procurando qual é o mais vazio,
Quero deitar-me agora, mas não consigo dormir,
Quando chegar avise-me por favor, pois estamos em guerra
Com nossas próprias lamentações.
A atmosfera não para de berrar, como posso fazê-la calar?
Não sei o segredo do tempo para eu descobri-lo sem ajuda,
Mas posso fazer qualquer coisa a toda ocasião.
Os trilhos estão por baixo de meus pés, fazem cócegas
No meu corpo, é como se eu fosse o vagão raspando no ferro,
E se sairmos dos trilhos estaremos livres e perdidos,
Será que os outros se machucarão?
Cantarei uma melodia para o vento levar aos vagos,
Alguém pode ouvir e nunca saberemos, posso deixar
Todos adormecidos e controlar a guerra,
Mas ainda estaremos aqui.


  

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