segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Me usam

Mais uma vez,
Eles me usam.
Consumindo-me
Reprimindo-me.
Devoram-me de dentro para fora,
E me tomam para extinguir.
Sem reagir,
Sem existir.

É o marasmo da mente indiferente,
Do coração apático,
De felicidade aparente,
Mas não transcende.

Melancolia camuflada,
Engolida.
Exibido
É o sorriso falsificado
De uma mente sucumbida.

Engole a apatia
Todos os dias.
Despersonalização se cria,
Grita,
Grita,
Ninguém é real nessa biografia.

E eu uso-os,
Devoro-os,

E nem choro.

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