quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Faminto

Você é tarja preta que borbulha em meu sangue alcoólico,
Um cateter que penetra cócegas anestésicas,
Coma diabólica,
Morte analgésica.
Somos overdose que acelera,
Congela,
Engana e envenena.
Você ferve meu sangue e
Provoca bolhas na epiderme,
É canibal da própria carne,
Não mato sua fome,
Sua fome me maltrata,
Engole, digere.
Seus olhos são carnívoros,
Estraçalha minha alma
Feito lobos famintos.

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