Ontem tive confusão mental, eu
estava morrendo. Ardência banhava meu corpo, nas costas principalmente, como se
meu corpo estivesse nu e queimando no gelo. Meu cérebro não pertencia mais a
mim, ele estava governando meu corpo, fazendo-o violentar minha profundeza.
Então, me abracei e penetrei minhas unhas alongadas em meus braços. A tentativa
era que meu cérebro voltasse para meu controle, que a dor o chamasse de volta. O
coração latejava de uma forma agonizante, e a agonia o fazia pulsar mais
depressa. Eu apenas queria sobrevier a aquele momento, seria ridícula a loucura
me matar. Assim, acordei no começo da noite passada. Tomei uma garrafa de água
e voltei a dormir.
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