sexta-feira, 15 de junho de 2012

Últimas lembranças

Na noite frígida
Tirou-me pra dançar,
Ri e retornei ao lugar,
Minha timidez é rígida.
Chamou-me: vem cá,
Olhe acima minha cara,
Era o céu estrelário num orifício.
Ah, que gentil!
Homem louco, menino só.
Entre pulos alegres
Ouvia-se a melodia,
Sua alma ardia,
Ele estava contente,
Eu o observava.
Nossas filosofias de etilismo
Interligavam-se,
Analisava olhar pensativo
E sua quieta compreensão
Confortava-me.
Seus mistérios eu não desvendei,
E no adeus os descobri.


(Esse poema dedico a um jovem filósofo do qual estava começando uma amizade. As madrugadas frias que nos comunicamos são as últimas lembranças. O tempo insuficiente fez com que da vida ele partisse. Para o amigo Ton) 

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