sexta-feira, 27 de abril de 2012

Teria companhia de loucos



Talvez estivesse alimentando cisnes numa ocasião qualquer,
Sentado num banco velho ouvindo Tchaikovsky,
Matando-me com maços de cigarros podres.
Quem sabe esperasse que Freud me ajudasse.

Poderia ter sido o personagem de Platão,
Pra fartar-me de cicuta.
Critão e Apolodoro derrubariam lágrimas por mim,
E eu teria talvez dialogado com os deuses.

Meu ansiado Nietzsche talvez se lamentasse,
Teria ficado louco como ele,
Tomaríamos café e ele ouviria Richard Wagner,
Enquanto eu deprimiria pensamentos.

Teria dores de um Furenal March,
E Chopin poderia me abraçar.
Reuniríamos todos ditos loucos,
Entre passos de valsa feitos jovens pessimistas.

Poderiam ter me queimado no lugar de Joana,
Eu dividiria amarguras nos gritos.
Talvez tivesse sido Julieta de Shakespeare,
E teria odiado Romeu.

Chamariam-me de louco,
Brigaria por causa de cavalos,
E no final das contas,
Marcaria uma consulta com Lou Salomé e Paul.

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